quinta-feira, 9 de julho de 2009

Dica De Filme - Happy Endings


Título no Brasil: Finais Felizes

Título Original: Happy Endings

País de Origem: EUA

Gênero: Comédia / Drama

Tempo de Duração: 128 minutos

Ano de Lançamento: 2005



Mamie (Lisa Kudrow) faz aconselhamento numa clínica de abortos. O seu meio-irmão, Charley (Steve Coogan), é gay e vive com Gil (David Sutcliffe). Pam (Laura Dern), a melhor amiga de Gil teve recentemente um filho com a sua namorada Diane (Sarah Clarke). Charley está desconfiado que o filho do casal lésbico é de Gil. Otis (Jason Ritter) trabalha no restaurante de Charley, toca bateria numa banda e está a tentar lidar com a sua atracção por homens. Jude (Maggie Gyllenhaal) torna-se vocalista da banda de Otis e envolve-se com o pai dele (Tom Arnold), com claras intenções de dar o golpe do baú. Nicky (Jesse Bradford) é um aspirante a realizador que vê em Mamie a oportunidade de fazer um documentário para a escola de cinema. A chantagem de Nicky com Mamie mexe em coisas do passado que ela prefere deixar intactas, por isso oferece o seu namorado Javier (Bobby Cannavale), um massagista mexicano, como tema alternativo.


Todo eles mentem, todos têm pena de si próprios, todos se sentem perdidos. Felizmente, Don Roos (“The Opposite of Sex” (1998) e “Bounce” (2000)) tem a preocupação de que não seja o espectador a perder-se nesta rede de relações. Mas o seu cuidado torna-se excessivo quando divide o ecrã para incluir dados que ele considera importantes para a história (a maioria deles são completamente irrelevantes, tendo apenas o efeito reflexo da piada). A originalidade acarreta riscos e, neste caso, o que deve ser explicado pela própria história, ou deixado à interpretação de cada um, é, de uma forma intrusiva, explicado com comentários laterais que desviam a atenção da história que decorre na outra metade do ecrã. É fácil ver imagens com comentários em off, outra coisa completamente distinta é ter de ler os comentários e ouvir/ler (legendas) tudo ao mesmo tempo, uma vez que ambos actuam sobre a parte do cérebro que lida com a linguagem.


Mais do que arrojado, este recurso de Roos surge como uma bengala. Desnecessária, porque o trabalho de construção das personagens está lá e conseguimos perceber as suas motivações (mesmo que não chegue a criar-se uma verdadeira empatia). Apesar disso, tem o mérito de colocar os actores em registos diferentes dos habituais. É o caso de Lisa Kudrown (que já tinha entrado em “The Opposite of Sex”), apesar da sua versão morena não ser nem metade de convincente da versão loura burra. É também o caso de Tom Arnold, num registo de sensibilidade e ternura. Maggie Gyllenhaal é perfeitamente convincente numa Jude auto-destrutiva. Mas a interpretação mais forte, porque mais complexa, acaba por ser a de Jesse Bradford, mesmo à custa de um humor morno.


O termo ‘happy endings’ tem um duplo significado. Além do imediato “final feliz”, ambicionado por todos, refere-se também ao prazer sexual (‘happy ending’) dado pelos massagistas aos seus clientes. Quanto ao filme “Happy Endings”, é previsível, e sabendo como sabemos que os finais, se são mesmo finais, nunca são felizes... atrevo-me a sugerir, como alternativa, uma boa massagem.






































Maggie Gyllenhaal - Just the Way You Are


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