Poster Boy, 2004
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 98 minutos
Políticos reacionários são um prato cheio quando se trata de expiar pecados de maneira bombástica. Em Poster boy do diretor Zak Tucker, um senador conhecido como o Nazista da Carolina do Sul, famoso por sua plataforma contra a homossexualidade, vive seu pior pesadelo: tem um filho gay.
Jack Kray é candidato à reeleição. Conservador e radical, conta com seu filho Henry para angariar votos entre os eleitores mais jovens, apesar da oposição de sua mulher, Eunice. O rapaz, porém, apaixona-se pelo ativista político Anthony e, durante um comício, declara-se homossexual. Nada mais catastrófico para seu pai, um político que calca sua campanha nos valores familiares.
Poster boy teve uma produção conturbada. O diretor Herbert Ross faleceu antes mesmo do início das filmagens. Para substituí-lo, foi convidado Douglas Keeve que, antes do final da produção, abandonou o projeto. O editor Zak Tucker conclui os trabalhos e recebeu o crédito da direção.
O tom de comédia ajuda o encadeamento da trama, mas a caracterização do Michael Lerner como o senador está fora do tom. Se mais humana, teria garantido maior envolvimento do público. Perde peso, então, seu conflito com o filho (Matthew Newton), que se torna previsível, transparente e desinteressante.
Embora bem amarrado e atual, o roteiro de Poster Boy peca pelos acontecimentos soltos e forçados. Isso, porém, não impede que alguns coadjuvantes ganhem destaque na película. Valerie Geffner se sai bem como Izzy, embora pareçam excessivos, para a composição da personagem, seu passado inexplicado, o namorado bissexual, a AIDS e a depressão. É ela que, juntamente com a mulher do senador, interpretada de maneira competente pela veterana Karen Allen, garante uma das melhores cenas. Jack Noseworthy, em boa atuação, dando credibilidade ao papel de Anthony, também padece de um passado desnecessariamente complicado.
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