Retrata as férias de Verão de um trio de adolescentes, centrando-se especialmente na figura de Lucas (Nahuel Pérez Biscayart), um rapaz franzino de 16 anos cujos desejos e angústias são os de qualquer outro adolescente: a relação com o corpo, a exploração da sexualidade, a solidão, etc. O filme abre com uma frase de Lucas que espelha bem o solipsismo adolescente: "Pode ser-se órfão mesmo quando se tem pais - se não tivermos nada em comum com eles."A habitar a solidão de Lucas, que aqui tem também um correlativo na paisagem desolada da Patagónia, estão, porém, os amigos Nacho (Nahuel Viale) e Andrea (Inés Efron), acabando os três por encontrar a felicidade num triângulo amoroso.
O mais espantoso em Glue é a naturalidade das interpretações dos jovens atores. O realizador explicou, em entrevistas, que praticamente não escreveu diálogos, tendo apenas 17 páginas de guião, apostando assim na capacidade de improviso dos actores. E estes são espantosamente verosímeis e espontâneos nos seus papéis. Glue tem como produtora executiva a realizadora espanhola Isabel Coixet, autora de A Vida Secreta das Palavras (2005).
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