sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Hora de Cultura - Príapo


Deus responsável pela fertilidade das colheitas, do gado e das mulheres, Príapo era filho de Dionísio (Baco) e Afrodite (Vênus), sendo representado por seus seguidores como uma divindade semelhante a um fauno. Originário da Ásia Menor, seu culto espalhou-se pela Grécia e Itália Meridional, onde as primeiras frutas dos campos e jardins eram a ele oferecidas.
  Em Roma, Príapo personificou, sobretudo, a virilidade, a geração e o amor físico, sendo o patrono dos devassos. Na Idade Medida, tornou-se o protetor do gado, dos pastores, agricultores e pescadores, bem como das mulheres grávidas. Sua imagem é apresentada como um homem idoso mostrando um grande órgão genital ereto, o que deu origem à palavra priapismo, com significado de ereção dolorosa e persistente, sem desejo sexual, ou excitação sexual exagerada.

Segundo a mitologia grega, Dionísio (Baco, retornando vitorioso de batalhas nas Índias, foi recebido ardorosamente por Afrodite (Vênus), resultando daí o nascimento de Priapo. Enciumada de Afrodite, deusa da beleza, que carregava consigo um cinto em que estavam encerradas as graças, os atrativos, o sorriso sedutor, o falar doce, o espírito mais persuasivo, o silêncio expressivo e a eloqüência dos olhos, a deusa Hera (Juno), esposa de Zeus (Júpiter), trabalhou para que a criança nascesse com a sua enorme deformidade (curiosamente ele sempre é representado com um pênis de tamanho exagerado). Sua mãe mandou educá-lo em Lampasaco, cidade grega à margens do Helesponto, lugar atualmente conhecido como Dardanelos, uma estreita passagem que separa a Ásia Menor de uma das extremidades meridionais da Europa, onde por conta de sua libertinagem e desregramento tornou-se objeto de terror e repulsa. A cidade foi tomada por uma epidemia e os habitantes, vendo nisso uma retaliação por não terem dado atenção ao filho de Afrodite, fizeram rituais e pediram que Priapo ficasse entre eles.
    Esse deus é também representado por um busto em cima de uma pilastra, com cornos de bode, orelhas de cabra, uma coroa de folhas de vinha ou de loureiro. Os antigos borravam as estátuas com cinábrio ou zarcão, algumas vezes colocando instrumentos de jardinagem junto à imagem, cestos para fruta, foice, um bastão para afastar ladrões e uma vara para amedrontar os pássaros. Ou então depositavam sobre o monumento cabeças de burro e outros animais que os habitantes lhe ofereciam em sacrifício. Existia ainda um ritual onde meninas virgens sentavam em cima de um falo gigante representando Príapo.
 Fonte: http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2479349

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