Pesquisa revela como a população brasileira percebe a adoção de crianças por casais homossexuais
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha pode servir para mostrar o quanto os direitos dos homossexuais ainda precisam ser conquistados. Na pesquisa, realizada nos dias 20 e 21 de maio com 2.660 pessoas, 51% dos brasileiros disseram ser contra a adoção de crianças por casais homossexuais. 39% se mostrou favorável. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Detalhadamente, as mulheres são mais tolerantes à adoção por homossexuais que os homens: 44% contra 33%. Da mesma forma que os jovens em relação aos mais velhos: na faixa etária entre 16 e 24 anos, a prática é apoiada por 58%, enquanto que entre os que têm 60 anos ou mais, por apenas 19%.
A taxa de pessoas favoráveis à adoção por homossexuais cresce com a renda (49% entre os que recebem mais de dez salários mínimos contra 35% entre os que ganham até dois mínimos) e a escolaridade (50% entre os com nível superior e 28%, com ensino fundamental).
A taxa de pessoas favoráveis à adoção por homossexuais cresce com a renda (49% entre os que recebem mais de dez salários mínimos contra 35% entre os que ganham até dois mínimos) e a escolaridade (50% entre os com nível superior e 28%, com ensino fundamental).
Entre as religiões, os católicos são os mais "progressistas": 41% se declaram a favor da adoção por homossexuais e 47%, contrários. Entre os evangélicos pentecostais, a desaprovação alcança o maior índice: 71%, contra somente 22% favoráveis.
O padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), afirma que a adoção por homossexuais fere o direito de a criança crescer em um ambiente familiar, formado por pai e mãe, e isso pode trazer "problemas psicológicos à criança". Mas eu questiono o padre a mostrar com que prova científica ele afirma isso? Hein? Ok, se você acha que eu sou um mero blogueiro, a psicóloga Ana Bahia Bock, professora da PUC de São Paulo, discorda do padre. "A questão é cultural. Se a criança convive com pessoas que encaram com naturalidade [a sexualidade dos pais], ela atribui um significado positivo à experiência."
O padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), afirma que a adoção por homossexuais fere o direito de a criança crescer em um ambiente familiar, formado por pai e mãe, e isso pode trazer "problemas psicológicos à criança". Mas eu questiono o padre a mostrar com que prova científica ele afirma isso? Hein? Ok, se você acha que eu sou um mero blogueiro, a psicóloga Ana Bahia Bock, professora da PUC de São Paulo, discorda do padre. "A questão é cultural. Se a criança convive com pessoas que encaram com naturalidade [a sexualidade dos pais], ela atribui um significado positivo à experiência."
Se você está lamentando a notícia, o presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) declarou que ela não parece ser tão ruim quanto aparenta: “Já é um grande avanço. Na Idade Média, éramos queimados. Depois, tidos como criminosos e doentes. O fato de quase 40% da população apoiar a adoção gay é uma ótima notícia... Serão necessárias muitas paradas e marchas para convencer a população de que somos cidadãos que merecemos o direito da paternidade e da maternidade".
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