segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dica De Filme - Devotee


Gênero: Drama
País: França
Duração: 50min
Ano: 2008
Hervé Chenais tem predileção pelos rapazes de 20 anos. Ele busca amor e companhia. Mas nem sempre é fácil conseguir o que se deseja se você é bem diferente do padrão de modelos que estampa as revistas. Em especial se você é mais velho (43 anos) e inválido (Hervé nasceu sem braços e pernas). Será que a situação mudará quando ele conhece on-line um belo jovem de 21 anos que é um “devotee”? “Devotee” é o praticante de acrotomofilia, que é a atração sexual por pessoas com amputações. O encontro dos dois revela a dificuldade que Hervé tem de conhecer pessoas que o tratem como um ser humano, e não um fetiche. Rémi Lange ilustra tema e personagem com muitas cenas de sexo.

Rihanna poderá ganhar o papel de Whitney em remake de O Guarda-costas


A mídia internacional tem especulado na última semana sobre a possibilidade de Rihanna ser escalada para atuar na nova versão do filme "O Guarda-Costas".

Rumores dizem que os produtores procuram uma "nova Whitney Houston", com um ar mais moderno para o novo filme. Também estão na lista de rumores para o papel de Whitney as cantoras Taylor Swift, Miley Cyrus e Beyoncé. As informações são dos sites MTV.co.uk e Gigwise.


O filme "O Guarda-Costas" foi lançado em 1992 e tinha Whitney Houston no papel de Rachel Marron, uma grande artista que se apaixona por seu guarda-costas, Frank Farmer, interpretado por Kevin Costner.

A trilha sonora deste filme — cantada em sua maioria por Whitney — fez muito sucesso na época, vendendo incríveis 42 milhões de cópias no mundo todo.

Por enquanto nada passa de especulação, mas particularmente a Bey ia arrasar. Acredito que a Rihanna não tem a potência de voz que equipare à Diva Whitney.

  Fonte:http://www.cifraclubnews.com.br/noticias/24578-rihanna-podera-ganhar-o-papel-de-whitney-em-remake-de-o-guarda-costas.html

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cultura: Aquiles segundo a Desenciclopédia


Aquiles é um dos personagens mais fodões da mitologia grega ele é filho da puta de Tétis (deusa do mar) e Peleu - um corno, rei dos mirmidões. Participou de várias batalhas, mas o que ele mais gostava era de uma bela suruba, e não tinha preconceito com o sexo dos participantes. Ele também foi um dos suspeitos de tirar a virgindade de Dercy Gonçalves. Conta a mitologia que a anta da mãe dele, na hora de batizar ele no Rio Pinheiros, esqueceu de molhar os pés do infeliz, tornando-o mortal.
Juventude
Aquiles começou a sua vida amorosa muito cedo. Com 3 meses de gestação ele já ficava excitado. Ao nascer comeu a própria mãe e, com o passar do tempo, ele conheceu um primo dele, Pátroclo, com quem começou a brincar de lutinha e de médico(ou curandeiro, pois naquela época ainda não existia médico). Com essas brincadeirinhas de lutinha ele foi se aperfeiçoando e logo arrumou um empresário para conquistar terras - Agamémnon - com quem consegue conquistar 136.9% de todo planeta.

Em Tróia

Depois do maior mané de Tróia, o príncipe Páris, irmão de Heitor, raptar Helena, para o simples fato de disfarçar para sua família sua homossexualidade e para foder ela, filha do rei Menelau que pega no meu pau, mesmo sabendo que ele já tava doido para conquistar Tróia antes mesmo dele nascer ou até antes mesmo de existir Tróia. Então o rei que pega no meu pau Menelau monta um exercito do caralho com bilhões de navios e em um deles está Aquiles e seu namorado primo Pátroclo. Já em Tróia, eles conseguem dominar a cidade toda e fazem a primeira suruba da mitologia grega. Em um contra-ataque de Tróia, aos 45 minutos do segundo tempo, o príncipe Heitor pensa que matou a maior celebridade de Tróia, até o momento em que, depois de cortar o pinto pescoço do soldado que ele pensava ser Aquiles, ele tira o capacete do infeliz e descobre que era o seu primo, Pátroclo. Heitor já começa a mijar e cagar na armadura naquele exato momento, tremendo e chorando, pedindo pela mamãe. Aquiles, ao receber a notícia que o seu namoradinho primo havia sido morto, não gostou muito não, então combinou um duelo de truco valendo o toba, mas o baralho estava faltando os paus, então resolveram lutar até a morte. Depois de 6 dias de luta direto Aquiles enfia a vara lança em Heitor e o mata.



Morte
Depois que os gregos fizeram um cavalo enorme de madeira e deixaram perto das muralhas de Tróia para fazer uma suruba lá dentro comandada por Aquiles, os troianos carregaram esse cavalo para dentro, inocentemente. Quando chega a noite, depois de ninguém aguenta mais o cheiro de macho lá dentro, eles resolvem sair. Ao perceber que os troianos caíram na cilada, decidem por fogo em tudo e sodomizar dominar de vez a cidade. Enquanto isso, em algum lugar no Castelo de Greicôu, a bicha Páris tenta acertar uma flecha na cabeça de Aquiles e acaba errando por ser muito ruim de mira e acerta o seu calcanhar, e Aquiles acaba morrendo.

Fonte:

Dica De Filme - Dangerous Living: Coming Out in the Developing World


Gênero: Documentário
Ano:2003
Direção: John Scagliotti
Duração: 62min
Depois de Stonewall, o diretor John Scagliotti faz as suas abordagens da questão internacional de direitos dos homossexuais no documentário Dangerous Living: Coming Out no mundo em desenvolvimento. 2001 com a incursão policial em uma discoteca em seu centro egípcio, o filme explora diversas instâncias mundiais de maus-tratos contra os homossexuais. Através de entrevistas pessoais e de histórias, Scagliotti verifica as violações dos direitos humanos e outras terríveis condições em Honduras, Samoa, Índia, Namíbia, Paquistão e Vietnã. Este filme também inclui uma discussão das imagens da cultura pop, à Internet e à progressão de mudar as atitudes em alguns países.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

PornStar - Lukas Ridgeston


Porn Star Gay, nascido em 05/04/1974, em Bratislava - Eslováquia.
Altura: 1,77m
Peso: 79 kg
Olhos: Azuis
Cabelos: Castanhos
Fisico: Sarado
Pelos no Corpo: Não
Dote: 20 cm
Tatuagem: não
Comunidade do Orkut:
Entrevista Lukas para aqueles que dominam o inglês
Outro video para apreciar a beleza desse Deus Grego de olhos azuis


Hora de Rir! Tolices do Orkut

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dica De Filme - The Raspberry Reich


Gênero:Comédia
Direção:Bruce La Bruce
Estreia no Brasil: 2004
Duração: 90 minutos
The Raspberry Reich é um filme sobre o "radical chic", especificamente o fenômeno da esquerda moderna na Alemanha, que adota as significantes posturas de extrema esquerda, os movimentos dos anos 70, particularmente a Facção do Exército Vermelho, também conhecido como o grupo Baader-Meinhof.
É um filme "political porn" de arte, que como na maioria dos filmes de Bruce La Bruce, usa a pornografia como um ponto de partida para avaliar a política sexual e o radicalismo homossexual. Um exercício de gênero, que vale a pena ser assistido.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Flagra! De olho na mala do jogador....

É por essa e outras que adoooooooooooro futebol....rsrsrsrs...
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Heteroflexível. Você sabe o que é?


Até quando vamos inventar nomes pra classificar as mesmas coisas, os mesmos fatos, as coisas que sempre existiram na face da terra? A nova moda da veadagem elitista é criar modalidades sexuais.  Uma delas - e a mais nova para mim - é a heteroflexibilidade. Nome complicadinho para um comportamento muito conhecido. O que seria isso afinal?
 
O heteroflexível é aquele jovem que toca e beija pessoas do mesmo sexo querendo "experimentar" ou "fazer uma brincadeira" a fim de descobrir novas sensações.  Sua preferência sexual é pelo sexo oposto, só se relacionando com pessoas do mesmo sexo casualmente.  Os heteroflexíveis formam tribos de jovens - de vinte e poucos anos - que povoam bares e boates descoladas da grande São Paulo - mas claro que a moda infectou os jovens de outras cidades. Se o nome não se popularizou, o comportamento com certeza é mais antigo que o termo concebido para ele.

Tem a ver com a curiosidade típica dessa faixa etária”, .diz a psicóloga Mara Pusch, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para o site do G1 "Apesar da experiência homossexual, do contato físico com uma pessoa do mesmo sexo, o heteroflexível não acredita ser gay, esclarece Mara, pois ele está apenas experimentando, e não vivendo intensamente uma relação homossexual"
Essa prática travestida de modernidade é só mais uma forma de fugir dos rótulos mais batidos - gay, veado, sapatão - fazendo exatamente as mesmas coisas que estes fazem sem assumir as consequências. Precisamos  estar alerta para distinguir práticas realmente novas e outras que apenas assumem uma nova roupagem - geralmente dentro de um novo rótulo.

As diferenças que distinguem bissexuais, bicuriosos, heteroflexíveis e total-flex são muitos tênues - na minha opinião completamente desnecessários, uma vez que toda prática homoerótica ou homoafetiva caracteriza homossexualidade, independente do nível em que ela se manifeste.  Mas, inventando nomes, os moderninhos forjam uma nova cara para práticas já conhecidas da sociedade - saindo do alvo da discriminação e do preconceito.

A hipocrisia contra os homossexuais vai se fortalecendo com o tempo como uma bactéria que vai criando imunidade aos antídotos que são empregados para combatê-la.  O engraçado é que eles fazem de tudo para não cair na malha fina do rótulo gay. Isso é triste! O preconceitos permanecem vivos mesmo entre os mais esclarecidos. A homofobia nunca desaparece, ela só vai criando máscaras mais bonitas, mais sutis, para se manifestar. Os animais convivem melhor com o fato da homossexualidade do que os próprios seres humanos. Vergonha!

Enfim, para quem não sabia o que era um heteroflexível - neo-veadagem-incubada - agora já sabe.



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dica De Filme - Awakening


Awakening
Gênero: Drama
Diretor: Christian Tafdrup
País: Dinamarca
Ano: 2008
Duração: 38min

Aos 16 anos Carsten começa a namorar Melissa e é apresentado aos pais dela. Num fim de semana, Carsten e o pai de Melissa podem ter mais em comum do que se pensava. 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Bonde da Stronda!


Não curto nem um pouco as músicas desses moleques mas o corpo do gury aí embaixo merece ser apreciado...Ele bem que poderia posar nú numas dessas revistas especializadas. O menino tem “talento”.  Se é que vcs me entendem...

Para quem não conhece o "som-lixo" do Bonde da Stronda segue uma amostra

Dica de Filme - Bomdadeira


Título Original: Bombadeira
Gênero:Documentário, Nacional
Direção:Luis Carlos de Alencar
Duração: 75 Min
Lançamento: 2007
Bombadeira - a dor da beleza das travestis é um filme que retrata o universo das travestis que transformam o corpo através de profissionais conhecidas como bombadeiras. Por meio de aplicações clandestinas de silicone, passam pela "dor da beleza" em busca do tão desejado corpo feminino. Comoventes e fortes depoimentos mostram o dia-a-dia, a relação com as famílias, a discriminação, a religiosidade, anseios e sonhos das travestis.
 
ENTREVISTA COM O DIRETOR
Luis Carlos de Alencar é baiano de Salvador, tem 29 anos e mora no Rio de Janeiro desde 2003. É pós-graduado em Comunicação e Imagem pela PUC-Rio e atualmente trabalha na Casa de Criação, ao lado do cineasta Joel Zito Araújo. Em seu currículo estão diversos filmes, entre os quais destacam-se a direção do documentário Maré de Março, realizado sob encomenda para o Movimento Nacional de Direitos Humanos; a assistência de direção do documentário Ira, premiado com menção honrosa do Júri do Cinesul 2005; o roteiro e a direção do curta-metragem É Tarde, vencedor do prêmio de Melhor Roteiro da mostra Vídeo-off; e a direção e o roteiro do documentário Mulheres do Cacau, produzido pelo Centro de Estudos e Ação Social-Bahia e exibido na Itália, Suíça e Holanda.

Como surgiu a idéia do documentário?
Luis Carlos de Alencar - Eu fui estagiário numa instituição em Salvador que atuava na defesa de direitos humanos e grupos sociais discriminados por sua sexualidade. Um destes grupos foi o das travestis de baixa renda, aquelas que vão pra batalha na pista do centro da cidade, Av. Sete e Carlos Gomes. Tive contato quase diário durante dois anos com muitas travestis e pude acompanhar suas realidades de perto. Desde problemas mais terríveis como violência policial, o preconceito, problemas de saúde e de moradia etc., até questões mais cotidianas como seus sonhos, discriminação familiar, relacionamentos amorosos, religião, fofocas. Foi nesse período que conheci e convivi com uma das maiores preocupações delas: o corpo. Não falo do corpo como vaidade, no seu sentido mais comum. Mas do corpo como afirmação de si mesmas. Muitas delas, mais do que serem belas, queriam se ver e serem vistas com um corpo feminino e faziam isso a qualquer custo. Foi então que me apresentaram à figura da bombadeira e reconheci na bombação algo muito maior do que uma mera agressão ao corpo pela qual muitas morriam. A bombação é a própria afirmação da vida para a travesti. É um dos fundamentais momentos de sua história, quando então alcançavam pela primeira vez um sonho. Aquilo precisava ser filmado, aquele outro enfoque tinha que ser mostrado. E aí começamos a ouvi-las.

Como foi o trabalho de pesquisa?
Difícil. Primeiro comecei a pesquisar jornais, revistas, livros e artigos acadêmicos. Encontrei poucos textos e todos associavam a prática da bombação ou a figura da bombadeira à marginalização, por causa das travestis que morriam ou ficavam com seqüelas devido aos problemas decorrentes da aplicação clandestina do silicone industrial. Não havia nenhuma outra ponderação sobre o tema. Investiguei também se existia alguma informação histórica sobre a chegada do silicone e de suas aplicações no Brasil. Nada. Todas as informações mais importantes que colhi foram dadas pelas próprias travestis, pela história oral que passam adiante. Aliás, como também é o aprendizado de aplicação dos silicones por elas. A cultura oral é muito forte entre as travestis.

Como você conheceu as meninas do filme e como foi a relação com elas?
Algumas das travestis e transexuais do filme eu já conhecia através da ONG em que trabalhava. Uma delas, a Andrezza, personagem do filme, me apresentou às demais. Priorizamos algumas. A relação no início, como era de se esperar, foi um pouco distante e desconfiada. Aos poucos, fomos nos acostumando e tudo fluiu com a maior naturalidade possível. As conversas, que durariam normalmente uma hora, facilmente chegaram a duas ou três por dia. Os temas se multiplicaram aos borbotões. Os depoimentos transformaram-se em conversas, trocas, algo mais livre. O compromisso de nossa produção e o papel de Andrezza como intermediária foram decisivos para os encontros, mas a necessidade de narrar e de serem ouvidas que elas possuem garantiu o substrato que tem o documentário.

Vocês passaram por alguma situação curiosa durante a filmagem?
Usualmente, a imagem espacial que acompanha as travestis é a da rua, da pista, da boate. Como o documentário trata de algo pessoal, carne, pele, sensibilidade e corpo, optamos por conhecer com a câmera os espaços muitas vezes evitados como o da casa, da intimidade, da pessoa. Por isso buscamos enxergar o espaço doméstico, suas relações afetivas, seus afazeres cotidianos, cozinha, quarto. E se o foco são aquelas de baixa renda, sabíamos que encontraríamos problemas de acesso. Tomamos algumas precauções como reduzir a equipe e os equipamentos, mas em quase todos os casos passamos por apertos. Uma das entrevistadas mora num cortiço - ou no que restou dele - onde na entrada funciona uma boca-de-fumo, onde se vende crack. Além de termos que pedir autorização para os boqueiros (traficantes), uma vez, no térreo do sobrado, tivemos que pedir literalmente licença para os usuários, que fumavam a pedra e separavam dezenas de outras na precária escada em que subíamos. Eu orava aos deuses para que minhas pernas não tropeçassem. Já pensou se eu ou alguém da equipe pisasse nas pedras de crack? Enquanto não chegássemos ao quarto da travesti, eu não sabia o que poderia acontecer. Aos poucos, compreendendo mais a dinâmica do local, apesar de ser uma boca-de-fumo, percebi o quanto meu distanciamento daquela realidade havia produzido imagens um tanto exageradas. Os boqueiros eram apenas um ou dois, os outros que eu também julgava como tais eram rapazes que moravam no cortiço e estavam apenas bebendo cerveja e papeando antes de subirem aos seus quartos. E os usuários, esses não passavam de um apenas. Os demais foram criações de minha imaginação (risos). Ele fumava e dividia as pedras em papelotes para, provavelmente, vendê-las. Qual foi a minha surpresa ao perceber que, apesar de vê-lo como perigoso, ele nos ajudou com sua vela - a que esquentava a colher - e nos guiou até a saída quando terminamos as filmagens. Descobrimos depois que ele era o marido tímido da travesti, que não nos daria entrevista. Enfim, nós havíamos adentrado um sobrado onde várias famílias moravam. Foi isso.

Como é a relação das meninas do filme entre si? Elas se conhecem e se relacionam?
Todas se conheciam. Umas se davam bem com outras. Algumas tinham problemas com outras. Enfim...

Qual foi a maior dificuldade em produzir Bombadeira?
Houve diversas dificuldades. A primeira, eu estava no Rio. Tive que articular apoios na Bahia. Segundo, eu estava me envolvendo em algumas produções por aqui que me tomavam tempo. Terceiro, a falta de dinheiro. Rodei uma primeira fase toda a partir de um empréstimo. Um ano depois, consegui o patrocínio para a finalização e filmamos uma segunda rodada com as travestis, com poucos recursos, mas já algum. Daí veio o quarto problema, na verdade, o aspecto trágico do nosso trabalho: nem todas continuavam vivas.

Você é da Bahia. Como veio parar no Rio? Conte um pouco da sua trajetória profissional.
Sou formado em Direito e durante o curso sempre me envolvia em filmagens. Ora por iniciativa própria ou mesmo em projetos de extensão universitária junto a movimentos sociais, onde sempre dava um jeito de encaixar o vídeo como instrumento dentro dos projetos. Vivi essa dicotomia de vídeomaker versus ativista jurídico durante os seis anos do curso. Já havia até a possibilidade de desenvolver um projeto com certa associação de advogados de trabalhadores rurais da Bahia na área da arte-educação, mas não queria viver essa punheta de nem fazer uma coisa nem outra muito bem. Sabia que iria chegar o momento de ter que assumir um caminho prioritariamente. Com o apoio de meu avô e de sua esposa que já moravam aqui, resolvi entrar no ônibus Salvador-Rio. Se na Bahia fiz diversos trabalhos videográficos vinculados a movimentos sociais, com caráter institucional, no Rio comecei a estudar e realizar projetos mais autorais, sejam meus ou de amigos que fui conhecendo. Considero Bombadeira meu primeiro trabalho mais autoral como diretor.

O filme já foi exibido no Cineport e em Salvador. Como tem sido a reação da platéia frente a um tema tão polêmico?
O filme tem sido bem recebido. Na pré-estréia, na Bahia, houve sessão extra, com lotação esgotada. Nossa maior preocupação foi com as cenas de bombação. Evitamos ultrapassar o limite entre a imagem de impacto que deve ser mostrada e a apelação. É como harmonizar isso com a idéia maior que seria a tentativa de aproximação do público-médio que assistiria ao filme e a realidade das travestis de baixa renda de Salvador.

Qual foi a impressão que as meninas tiveram do filme? Elas gostaram de se ver no telão?
Melhor sabermos de uma delas: o filme retrata um universo Trans nunca antes mostrado, pelo menos em Salvador, fala de amores, famílias, preconceitos e de discriminação. Registra os relatos e as histórias de vidas pessoais de pessoas Trans. Em tudo é perfeito pois mostra as Trans como sujeitos de direito, com amores, sonhos e perspectivas de futuro. É um filme emocionante quando retrata a vida de casais entre as Trans e os seus parceiros e da emoção de um parceiro de trans após perder o grande amor da sua vida. É dificil não se emocionar com o depoimento final de Emanuel para Michelle, após a morte da mesma. (...) Também podemos observar que as Trans foram mostradas como pessoas comuns dentro de uma sociedade incomum e que foi muito pertinente a mostra dessas pessoas no final com perspectivas de futuro, como Samara que termina no Colégio Antônio Vieira estudando para se formar em veterinária e saindo do chavão “Trans Marginalidade ou Prostituição”. Muito forte as cenas da bombação (...), é muito forte o processo de conclusão da aplicação de silicone industrial e a moldagem das formas. É um filme excelente e recomendável para quem quer conhecer um pouco mais da vida cotidiana de Travestis e Transexuais, as trans que aparecem também são pessoas comuns que encontramos todos os dias em nosso quotidiano, o diretor não quis mostrar trans inimagináveis. Acredito que isso servirá de impulso para demais produções. (Depoimento de Keila Simpson, presidente da ATRAS - Associação de Travestis e Transexuais de Salvador, para o Portal Marccelus).

As cenas do documentário são fortes e realmente impressionam. Você já tinha assistido a uma bombação antes do filme?
Não. Nunca havia assistido. Sabia de todo o procedimento de tanto que elas me contavam. As cenas são tão intensas quanto o prazer da travesti bombada quando se vê no espelho, transformada. A parte que mais impressiona, definitivamente, é no fim da bombação, quando se massageia a região aplicada com muita força. Parece doer muito. Dor e alegria se misturam no óleo. Aliás, todo o processo é impressionante na medida em que você assiste paulatinamente o corpo ganhando nova forma, ali, bem debaixo de seus olhos.

Assistindo ao filme, percebemos que a bombação é uma grande mudança na vida de uma travesti. As que não se bombam são discriminadas pelas demais? Existe um preconceito? A bombação pode ser considerada como um processo de aceitação?
O que o filme retrata é justamente isso: a vontade de se afirmar para os demais e para si, através do corpo. O desejo de se expressar pelo corpo - que todos nós temos. Isso para as travestis é fundamental. Mas existem aquelas que, por medo, pela falta de oportunidade ou até mesmo pela miséria absoluta, nunca conseguiram modificar o corpo. O que une todas essas circunstâncias é a falta de política de saúde pública que contemple as demandas desse grupo social.